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“A Defensoria deve estar em todos os locais onde a injustiça social clama por respostas”, diz nova corregedora-geral

“A Defensoria deve estar em todos os locais onde a injustiça social clama por respostas”, diz nova corregedora-geral

Publicado em
Texto: Bruno de Castro
Fotos: ZeRosa Filho

Empossada nesta segunda-feira (18/12) como nova corregedora-geral da Defensoria Pública do Ceará (DPCE), Sandra Dond afirmou no primeiro discurso no cargo que a instituição “deve estar em todos os locais onde a injustiça social clama por respostas, políticas e direitos para as pessoas vulnerabilizadas”. Ela assume o posto para o biênio 2023-2025, sucedendo o agora ex-corregedor Carlos Alberto Mendonça Oliveira (2019-2023).

Apesar dos 40 anos de vida pública, Sandra Dond classificou a nova etapa como “um grande desafio”. E explicou que a candidatura à Corregedoria-Geral nasceu da construção dos próprios colegas tanto do Segundo Grau, onde atua, quanto de outras áreas da DPCE. Para a defensora, a nova missão será como uma coroação da carreira.

“Estarei próxima de cada colega, apoiando, orientando e contribuindo para a integração da carreira, fortalecendo nossa unidade e indivisibilidade, características que norteiam a atuação defensorial. Continuarei lutando para fortalecer o modelo constitucional de acesso à justiça que é a Defensoria, participando do Colégio Nacional de Corregedores-Gerais, trocando experiências e construindo recomendações que auxiliem nossos colegas nas tomadas de decisões e na otimização da atuação, respeitada a independência funcional”, sublinhou.

Sandra Dond ressaltou a importância de a DPCE estar em todas as comarcas cearenses e unidades judiciárias. Hoje, a instituição atua em 104 dos 184 municípios do estado. “Cada defensor e cada defensora deve entender a importância deste papel. Devemos estar acessíveis, próximos da população, sermos referência, estarmos presentes, especialmente no Interior, onde os baixos índices de desenvolvimento humano e o desconhecimento dos próprios direitos são realidade. A Defensoria tem um time de profissionais espetaculares, competentes, comprometidos e que fazem dela muito mais que um meio de vida. Fazem-na a mais bela razão de viver”, acrescentou.

A nova corregedora-geral também frisou as mudanças causadas pela pandemia do novo coronavírus ao modo como atua o sistema de justiça, do qual a DPCE faz parte. Sandra Dond disse que nenhuma tecnologia substitui o trabalho presencial. “A era digital é um caminho sem volta, agregando facilidades ao nosso trabalho, sendo um elemento a mais a nosso favor e também dos assistidos. Mas nada substitui o contato humano, o olho no olho, o acolher, que é o nosso diferencial. O atendimento remoto é mais uma ferramenta, mas mantém-se indispensável a presença do defensor e da defensora em seus locais de trabalho, à disposição, de forma presencial, assegurando o acesso, inclusive, dos excluídos digitais”, sustentou.

A defensora-geral Sâmia Farias destacou a relevância da Corregedoria-Geral como um dos órgãos basilares a uma atuação forte da DPCE. “E a defensora que assume este cargo deve ter temperança e experiência, porque irá liderar um processo de autoavaliação e aprimoramento das práticas institucionais, visando sempre à excelência na prestação dos serviços à população. O monitoramento do trabalho da instituição é uma tarefa delicada, que requer equilíbrio, diálogo, escuta, imparcialidade e, acima de tudo, um compromisso inabalável com a ética e a transparência.”

Sâmia reforçou a fala da nova corregedora quanto a uma maior capilarização da Defensoria, especialmente no Interior. “Por isso, convocamos 26 novos colegas. Estes novos membros precisarão de uma Corregedoria presente e próxima para auxiliá-los a exercer nossa nobre missão. Estamos aqui a serviço do povo. Mais do que nunca, no cenário de ataques de todos os lados que vivemos hoje, precisamos mostrar nossa fundamentalidade. Nosso compromisso com as pessoas que assistimos e com um mundo menos desigual.”

Deixando o cargo de corregedor-geral, Carlos Mendonça afirmou que os quatro anos nos quais exerceu a função “foram de muito aprendizado” e que “aqui era uma segunda casa, que a gente tentou ao máximo ter uma alegria plena”. Ele apresentou ações desenvolvidas pelo órgão nos últimos anos e afirmou que procurou “fazer uma Corregedoria consultiva, porque nosso trabalho foi pela clareza.”

Recomendando a digitalização dos processos do setor, o ex-corregedor defensor público enalteceu a trajetória da sucessora, que já começa a despachar do novo gabinete a partir desta terça-feira (19/12). “Sandra tem o apreço de todos os defensores, mas também da sociedade em geral, por todo o serviço que já prestou ao Ceará”, concluiu Carlos Mendonça.

Em nome dos(as) conselheiros(as) eleitos(as) do Conselho Superior da DPCE, a defensora Sandra Sá qualificou Sandra Dond como “uma mulher firme, conciliadora e de muito diálogo”. Disse, assim, que “depositamos a confiança para dar estabilidade e proteção aos membros da instituição.”

Já o vice-presidente da Associação das Defensoras e dos Defensores Públicos do Ceará (Adpec), Régis Pinheiro, colocou a entidade à disposição de Sandra Dond. “Pode contar com o nosso diálogo, se algum problema surgir.”

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