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Defensores abordam bullying e cyberbullying na primeira rodada de encontros do projeto Minha Escola Ensina Direitos

Defensores abordam bullying e cyberbullying na primeira rodada de encontros do projeto Minha Escola Ensina Direitos

Publicado em
TEXTO: Matheus Araújo (Estagiário de Jornalismo) 
Ilustração: Diogo Braga e Valdir Marte

O bullying e o cyberbullying vêm sendo amplamente discutidos, especialmente quando se fala do ambiente escolar. O caso de um adolecente que morreu na última terça-feira (16/04), após ser duramente espancado por seus colegas de escola, ilustra como essa temática ainda precisa ser mais trabalhada e alertada. Pensando nisso, a Defensoria Pública do Ceará (DPCE) vai abordar o tema como o primeiro do projeto “Minha Escola Ensina Direitos”, cuja ideia é levar defensores públicos até as salas de 14 escolas espalhadas por todo Estado. No programa os estudantes terão acesso a pautas e discussões que vão além das páginas dos livros didáticos, contribuindo para o exercício pleno da cidadania.

Cada aula terá um assunto a ser abordado, até então nove temáticas serão levadas e falam desde o papel da Defensoria, violência de gênero, direitos humanos até as ações de segurança pública e cidadania. No primeiro encontro, os alunos irão aprender sobre a Defensoria e os defensores vão abordar bullying e cyberbullying, trazendo os conceitos, os tipos e principalmente como procurar ajuda. Todo o material do curso foi construído com linguagem simples, utilizando a metodologia como a primeira experiência da Defensoria neste sentido. 

A defensora pública Michele Camelo, titular da 13ª Vara de Família, será uma das defensoras que vai atuar no programa. Para ela discutir a temática dentro das escolas, de uma maneira direta e clara, é sensibilizar os estudantes e conscientizá-los sobre as consequências dessas práticas. “Quando a gente fala de bullying e cyberbullying, a maioria das vezes, essa é uma violência psicológica e que deve ser combatida com esclarecimento e com apoio de instituições como a Defensoria Pública, a sociedade, a comunidade, as escolas e a família”, discorre. 

O defensor Raul de Sousa Neves, titular da comarca Icó, também fará parte do time que atuará no projeto. Ele discorre sobre a maneira com que pretende lidar com os estudantes. “O modo que eu gosto e que quero abordar consiste em um modelo em que eu não fique apenas despejando informações. Eu gosto de debate, pois todo mundo que está no ambiente pode participar. Eu também gosto do storytelling e eu costumo usar, então eu pretendo, nesse projeto, usar um pouco de tudo”, pontua. 

Não deve aceitar mais violência como algo naturalizado é primeiro, preocupar-se com educar. “Para além de fornecer informações, falamos sobre discutir e sobre o tema. A Defensoria atua também em favor das vítimas que estão em situação de vulnerabilidades para que elas possam exercer o direito de ser quem são, de poder viver entre os seus pares de modo digno sem que a sua presença possa gerar uma hostilização, por parte dos outros indivíduos que compõem esse ambiente”, conclui Raul. 

Entenda sobre Bullying e Cyberbullying 

Bullying – O bullying configura-se como o ato de praticar violência física ou psicológica contra alguém em situação de desvantagem, sem nenhuma motivação aparente. Esse comportamento  causa dano e humilhação a quem sofre, e é uma das formas de violência que mais cresce no mundo e pode acontecer em qualquer contexto social, como escolas, universidades, famílias, entre vizinhos e em locais de trabalho.

Cyberbullying

Assim como o bullying, essa prática consiste em uma violência praticada contra outra pessoa.  No entanto, esse tipo de violação sai da esfera física e passa para o meio de convivência digital. O cyberbullying consegue ser muito mais massacrante, pois, segue a vítima para além das paredes de casa, da escola e do trabalho. Mesmo no conforto de seu lá, a pessoa pode ser alvo de mensagens prejudiciais, ameaças nas redes sociais e mensagens de texto constrangedoras.