Defensoria garante que mais jovens tenham oportunidade de ingressar no mercado de trabalho por meio do programa Primeiro Passo
A oportunidade do primeiro emprego tem chegado cada vez mais cedo na vida dos jovens. São inúmeros os projetos existentes que incentivam alunos do Ensino Médio a ingressarem no mercado de trabalho ainda na adolescência, a partir dos 16 anos. Na Defensoria Pública Geral do Ceará (DPCE), as oportunidades surgem por meio do “Primeiro Passo”, programa do Governo do Estado.
Durante a última semana, no dia 6 de julho, a defensora geral Elizabeth Chagas determinou a ampliação do programa na instituição. “Dialogamos com a SPS [Secretaria de Proteção Social] no intuito de ampliar o alcance do programa que, futuramente, poderá também chegar aos núcleos do Interior. Promovemos a inclusão social e profissional destes jovens, que podem conhecer a Defensoria e sair com uma maior noção sobre a rede de garantia de direitos.”
Quem sabe bem sobre a importância dessa oportunidade hoje coordena o programa na DPCE. Ana Flávia da Silva Mendes participou do programa antes de tornar-se colaboradora da Defensoria. E afirma que essa experiência contribuiu muito para o seu desenvolvimento pessoal e profissional. “Foi uma grande porta que se abriu para a minha formação. Após a finalização do estágio e, ressalte-se, pelo meu bom desempenho na função, logo fui convidada para fazer parte do quadro de colaboradores efetivos da instituição. Esse reconhecimento é o mais gratificante. Ver tudo isso me emociona e me impulsiona a ajudar jovens que estão começando a carreira profissional da mesma forma que iniciei”, afirma Ana Flávia.
Assim como ela, outras colaboradoras da Defensoria são egressas do Programa. Jéssica Silva, atualmente assistente administrativa do Setor de Protocolo, iniciou a vivência no mercado de trabalho em 2007 como estagiária do Primeiro Passo na DPCE. Graças ao desempenho apresentado, foi efetivada no cargo. Em 2022, ela completa 15 anos de instituição.
“O Primeiro Passo foi de suma importância no meu crescimento de vida. Sou uma mulher negra e periférica, e sabemos que ser bem sucedido não é sobre escolhas e sim sobre oportunidades. Oportunidades que meus colegas de escolas e meus irmãos não tiveram. Por isso, não tem como não se alegrar com a expansão desse projeto para esses adolescentes que são o futuro do nosso país. Ter a capacitação para o mercado profissional sem abrir mão da arma mais valiosa, que são os estudos, isso é um divisor de águas”, reflete Jéssica.
A colaboradora Jesselany Lima, hoje apoio administrativo no Gabinete da Defensora Geral, ingressou na DPCE por meio do programa. Ao fim do estágio, foi contratada como colaboradora. “Participar do projeto e ser efetivada foi super importante. E não só para a minha vida profissional, mas também pessoal. Foi parte do reconhecimento pela minha dedicação com o aprendizado diário que me foi ofertado naquele ano de estágio.”
Ao falar sobre a importância do Programa, ela aponta que a oportunidade surge como oportunidade de os jovens trilharem um novo caminho. “Eu vejo o Primeiro Passo como uma grande chance para os jovens de periferia, pessoas negras e oriundas de família de baixa renda. Ao sermos inseridos no mercado de trabalho, ganhamos experiência e profissionalismo. Eu e outros colegas colaboradores pudemos seguir uma direção diferente da que estava sob nossos olhos, enxergar novos horizontes e ajudar outras pessoas”, finaliza Jesselany.
Para a defensora pública geral, o projeto representa para a instituição a composição de um corpo técnico com formação ainda mais humana e profissional. “Temos muito zelo com o Programa porque entendemos que é uma porta para que esses meninos e meninas aprendam sobre uma profissão e ganhem noção de responsabilidade e impulso em suas vidas. Como o nome do projeto mesmo diz, estamos dando o primeiro passo para proporcionar a eles os mecanismos que possibilitarão o início da realização de seus sonhos”, destaca.
