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Defensoria presta assistência a moradores após atentado contra comunidade em Beberibe

Defensoria presta assistência a moradores após atentado contra comunidade em Beberibe

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A Defensoria Pública Geral do Estado do Ceará (DPCE) acompanha as famílias que residem na Tabubinha, uma comunidade tradicional de Beberibe que vem sofrendo atentados durante a madrugada. A Polícia Civil já efetuou a prisão do mandante dos crimes.

A comunidade é composta por mais de 150 pessoas que vivem da pesca e da agricultura em período que remonta mais de 60 anos de ocupação. Segundo os moradores, os ataques acontecem constantemente durante a madrugada. São feitos por homens encapuzados que usam máquinas e a força bruta para derrubar as casas e afugentar a população.

O último atentado violento aconteceu na madrugada do dia 30 de novembro, quando moradores foram agredidos fisicamente. No início de setembro, casas já haviam sido demolidas em um ataque semelhante.

 

Atendimento da Defensoria na comunidade

 

A supervisora do Núcleo de Direitos Humanos e Ações Coletivas (NDHAC), defensora Mariana Lobo, juntamente com o supervisor do Núcleo de Habitação e Moradia (Nuham), defensor Lino Fonteles, e a titular de Beberibe, defensora Betânia Alves, acompanha o caso.

Os relatos colhidos até o momento indicam que há pelo menos cinco inquéritos policiais sobre atos de violência para os moradores deixarem as casas. “Não mediremos esforços no sentido de buscar uma solução que tenha o objetivo de assegurar o direito fundamental à moradia, previsto na Constituição. Os atos de violência são constantes. Em setembro, a demolição só parou porque as pessoas se colocaram em frente a uma casa onde crianças dormiam. Então, uma tragédia pode acontecer a qualquer momento. Estamos acompanhando a questão junto às autoridades policiais do município, a fins de garantir e proteção e a integridade das famílias, a manutenção de posse e a reparação de danos”, adianta Mariana Lobo.

A Defensoria Pública acionou o Escritório de Tecnologia Social da Universidade Federal do Ceará (UFC) para que seja realizado o levantamento georreferenciado dos lotes, possibilitando, assim, a regularização fundiária das famílias através também de um argumento técnico-científico.