Posso ajudar?
Posso ajudar?

Site da Defensoria Pública do Estado do Ceará

conteúdo

Defensoria Pública participa de audiência que debateu cobrança pela Enel de uso de poste por empresas provedoras de internet

Defensoria Pública participa de audiência que debateu cobrança pela Enel de uso de poste por empresas provedoras de internet

Publicado em

A Defensoria Pública Geral do Estado do Ceará (DPCE) participou da audiência pública que debateu, na Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, a cobrança da Enel para a fixação de equipamentos de empresas provedoras de internet em postes da companhia. O defensor público João Ricardo Vieira Franco participou da audiência  que destacou como o aumento da taxa poderá elevar o preço da internet para os consumidores do Ceará.

O deputado Fernando Santana (PT), vice-presidente da AL, é autor do debate. “O objetivo é lutar pelo consumidor, que está na ponta, pela não inviabilização do uso da internet para quem trabalha e, sobretudo, para quem estuda. A internet é tão necessária nessa pandemia”.

Para o presidente da Comissão de Direito do Consumidor, deputado Fernando Hugo (Progressistas), as resoluções que partem das agências reguladoras não podem prejudicar o consumidor final. “Essa audiência é uma discussão, de forma transparente. É bom saber que essa problemática não é só do Ceará, mas do Brasil, amontoada em um conjunto de decretos partidos da Anel e da Anatel. Nós não podemos ser omissos e deixar de discutir junto à Enel, que é a distribuidora. Nós vamos propor que as agências de regulação postem resoluções que não prejudiquem os consumidores”.

“É muito válida essa intervenção da Assembleia Legislativa, que a solução de consenso é o melhor caminho, mas que não havendo a Defensoria, pelos seus núcleos do consumidor e de direitos humanos, em parceria com outras instituições, pode propor uma ação judicial para que os serviços de inclusão digital não sejam suspensos e nem ocorra quebradeira de empresas e demissões de empregados”, destacou o defensor público João Ricardo.

A diretora executiva da Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint), Alessandra Lugato, também estava presente na audiência pública e considerou que a falta de diálogo inviabiliza avanços na negociação. “A audiência pública é uma forma de satisfazer os anseios, porque a gente explana um assunto tão importante. A forma que está sendo tratada pela Enel inviabiliza os serviços dos provedores, que têm papel fundamental levando a internet para as regiões remotas do Estado”.

A Enel, por meio do diretor institucional, Osvaldo Férrer, ressaltou que a cobrança não será posta em prática até os debates serem concluídos. “Ficou acertado em uma reunião anterior que a Enel não fará a cobrança que estava prevista para março, só cobraremos quando não houver mais espaços de discussão”.

Entre os encaminhamentos do debate, uma nova reunião será realizada entre a Associação dos Provedores e a Enel para um entendimento. Caso não haja acordo, a Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa acionará Procon, Decon e Ministério Público, para que o caso seja judicializado e o consumidor final não pague essa multa, nem gere desempregos entre os provedores.

Informações com a Assembleia Legislativa do Ceará