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Defensoria Pública realiza atendimentos na ocupação Reviver, em Fortaleza

Defensoria Pública realiza atendimentos na ocupação Reviver, em Fortaleza

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TEXTO E FOTOS: KAMILLA VASCONCELOS

Nesta segunda-feira (06.05), a Defensoria Pública do Estado do Ceará (DPCE) realizou um mutirão de atendimentos na Ocupação Reviver, no bairro Presidente Vargas, em Fortaleza, com assistência a 126 famílias que vivem na comunidade. Na ocasião, foram mapeadas as demandas de moradia e saúde, por meio da atuação dos Núcleos de Habitação e Moradia (Nuham), de Defesa da Saúde (Nudesa) e da Ouvidoria Geral Externa. A ação também aconteceu em parceria com a Secretaria de Direitos Humanos do Estado.

Um dos casos que chegou à Defensoria foi o da Verônica Marreiro, 21 anos. A demanda dela, assim como de tantas outras pessoas que buscaram o atendimento da instituição, foi relacionada à moradia. Aliás, a falta dela. Verônica e a mãe estão vivendo em um barraco construído pelas próprias mãos há mais de um mês. 

Buscaram a DPCE como um refúgio para tentar transformar o lar temporário feito de sacos e madeiras em uma casa estruturada como tanto desejam. “A gente morava de aluguel, aí juntou a água, a energia. Tudo muito caro. E a gente não trabalha de renda fixa, a gente trabalha como costureira, então a gente ganha o que a gente produz. Não é como se fosse por querer. É por necessidade mesmo que a gente tá aqui”, completa.

A supervisora do Nuham, Elizabeth Chagas, reforça a relevância desse mutirão de atendimentos concentrados da instituição. “Foi um momento muito importante para fazer o levantamento da situação do perfil social dessas famílias, para que nós possamos fazer um relatório social, mas além disso para entender quem são essas famílias, se tem pessoas com doenças crônicas, idosos, crianças. Toda a situação do perfil da comunidade”. 

 Na Van de Direitos, também foram recorrentes as demandas de saúde dos moradores. “Nós recebemos diversas solicitações de fraldas, medicamentos, cirurgias, consultas e exames. Além também de uma busca considerável por atendimento multiprofissional, como fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional. Durante os atendimentos buscamos garantir o acesso célere e efetivo do direito à saúde para as pessoas que residem na ocupação”, reforça Yamara Lavor, supervisora do Nudesa.

De acordo com a ouvidora externa da DPCE, Joyce Ramos, a ida da instituição até a comunidade surgiu a partir de uma articulação com o movimento social de luta por moradia em Fortaleza. “Nós fomos acionados a estar aqui na ocupação Reviver, a princípio para fazer um conhecimento da realidade social dessas famílias e, agora, em uma articulação com o Núcleo de Moradia e também o de Saúde, nós estamos fazendo um levantamento social, um perfil socioeconômico dessas famílias, afim da gente então entender o perfil e as necessidades dessas pessoas que estão ocupando essa área há mais de um mês”, pontua.