Jovens em situação de acolhimento participam de processo seletivo para ingresso no Programa Jovem Aprendiz
Na última sexta-feira, 8 de fevereiro, 35 jovens, entre 15 e 17 anos, que estão nas unidades de acolhimento institucional de Fortaleza, participaram de um processo seletivo da Caixa Econômica Federal para o Programa Jovem Aprendiz, na Faculdade Metropolitana da Grande Fortaleza (Fametro). Exclusiva para os jovens dos abrigos, a seleção busca viabilizar o ingresso no mercado de trabalho e advém de um convênio firmado entre a Defensoria, por meio Núcleo de Defesa da Infância e da Juventude da Defensoria (Nadij) com o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), em agosto de 2018.
Ao completar 18 anos, os jovens saem das instituições de acolhimento e precisam seguir a vida de forma independente, muitos deles, sem apoio de familiares. O supervisor do Nadij, defensor público Adriano Leitinho, ressalta que é importante garantir aos jovens qualidade de vida dentro dos abrigos, para que a passagem deles pelas unidades seja a melhor possível, inclusive preparatória. “É essencial fornecer aos jovens autonomia, pois em algum momento eles vão sair, seja para uma família, ou não. Então prepará-los para o ingresso no mercado de trabalho é fundamental” finaliza.
De acordo com a defensora pública titular do Nadij, Ana Cristina Barreto, a partir dos 15 anos torna-se cada vez mais difícil a adoção e conta que é este estímulo a autonomia é salutar. Ela conta que o Núcleo buscou a parceria com o CIEE, por uma necessidade diagnosticada nos abrigos, e que foi realizado um período de preparação deles para adentrar ao mercado e agora as vagas vem chegando para oportunizar estes meninos e meninas. “Estamos torcendo para que todos sejam selecionados, pois é um momento essencial para ingressar no mercado e adquirir autonomia financeira, além de experiência ” pontua.
Ao longo da preparação dos jovens, a Defensoria promoveu cinco oficinas de capacitação, em parceria com o CIEE. Durante as oficinas foram repassadas informações sobre a profissionalização, mercado de trabalho, possibilidades de atuação e programação. O treinamento contava com turmas nos períodos da manhã e tarde, além da carga horária de quatro horas-aulas e direito a certificação, totalizando 20 horas de formação.
