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Unidades de acolhimento têm rotina de isolamento acompanhadas pelo Nadij: nenhuma apresentou caso de Covid-19

Unidades de acolhimento têm rotina de isolamento acompanhadas pelo Nadij: nenhuma apresentou caso de Covid-19

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As unidades de acolhimento de Fortaleza voltadas para crianças e jovens em situação de vulnerabilidade não registraram casos do novo coronavírus (Covid-19). A informação é do Núcleo de Atendimento da Defensoria Pública da Infância e Juventude (Nadij) da Defensoria Pública do Estado do Ceará que acompanha 22 casas vinculadas ao poder municipal ou às organizações não governamentais para acolher esse público.

Ao todo, cerca de 600 profissionais atuam nos abrigos que acolhem 380 crianças e adolescentes.“Fizemos recomendações sobre vedação de visitas e contatos presenciais que tiveram de ser superados com criatividade e originalidade. Os colaboradores considerados de risco foram afastados e informamos sobre as medidas adotadas de prevenção e de proteção, como testagem e desinfecção das unidades, que está prevista para acontecer nos próximos dias. Até agora não houve nenhum caso de Covid-19 nas unidades, graças ao sistêmico acompanhamento realizado e aos cuidados das próprias unidades”, revela a defensora pública titular do Nadij, Ana Cristina Teixeira Barreto.

Durante o mês de abril, a Associação das Defensoras e Defensores Públicos do Ceará (Adepc) entregou Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), álcool em gel, sabão antisséptico e máscaras para todas as unidades que indicaram precisar do material. Uma Ação Civil Pública também garantiu que o poder público realizasse medidas profiláticas contra a disseminação do vírus dentro das unidades de acolhimento. “Sempre foi uma das maiores preocupações do Nadij a integridade da saúde de crianças e adolescentes acolhidos institucionalmente neste período de pandemia. Todo esse trabalho teve como intuito proteger e garantir o direito à saúde dessas pessoas”, sintetiza a supervisora do Nadij, defensora Juliana Andrade.

Constantemente, os defensores públicos e a equipe multidisciplinar estão participando de reuniões com a equipe técnica dos abrigos para monitorar essas ações, além de solicitar, quando necessário, celeridade processual para retorno ou definição definitiva sobre a impossibilidade de retorno das crianças às famílias.

“Um dos grandes desafios foi superar a necessidade do contato físico com as crianças e adolescentes, que se ressentem dessa ausência. A solução foi viabilizar o uso da internet, telefone celular, vídeo chamada para diminuir a distância e evitar o rompimento de vínculos com o mundo externo, seja com familiares, pretendentes e com a gente que integra a rede de proteção. Realizamos reuniões virtuais e vídeo chamadas com as crianças e adolescentes. Também trocamos vídeos e fotos com atividades educativos e recreativas desenvolvidas nas unidades, de forma a estimulados uns aos outros na construção desse novo normal”, complementa Ana Cristina.