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Café Restaurativo discute a abordagem da mídia no contexto da criança e do adolescente

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O Instituto Terre des Hommes Brasil realiza no dia 23 de agosto, no Espaço O Povo de Cultura & Arte, o Café Restaurativo 2017, que terá como tema “Os Direitos Humanos no contexto da criança e do adolescente: uma reflexão sobre a abordagem da mídia”. O evento tem como objetivo proporcionar uma oportunidade de diálogo com os profissionais da imprensa para discutir uma temática complexa que requer uma reflexão constante acerca da responsabilidade social dos veículos de comunicação no tocante à abordagem de pautas que envolve que envolve o público infanto-juvenil. Nesta edição, o Café Restaurativo terá como palestrantes o sociólogo Thiago Holanda, coordenador do programa Rede Acolhe da Defensoria Pública do Estado do Ceará e do Comitê Cearense pela Prevenção de Homicídios na Adolescência (CCPHA) da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (AL-CE); a jornalista e professora Ana Márcia Diógenes, assessora institucional do Instituto Cuca; e o jornalista Plínio Bortolotti, diretor institucional do Grupo de Comunicação O Povo e apresentador do programa a “Debates do Povo” da rádio O Povo CBN 95,5 FM.

O Café Restaurativo tem o apoio institucional do jornal O Povo, do Espaço O Povo de Cultura & Arte, do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJ-CE), do Ministério Público do Estado do Ceará (MP-CE), da Defensoria Pública do Estado do Ceará, da Escola Superior da Magistratura do Estado do Ceará (Esmec) e do Café 3 Corações.

São esperados profissionais de imprensa, incluindo editores, repórteres e fotógrafos; assessores de comunicação de instituições governamentais e organizações da sociedade civil que atuam direta e indiretamente com políticas e projetos voltados para a criança e o adolescente; e estudantes de Comunicação Social (Jornalismo e Publicidade & Propaganda) de universidades e faculdades de Fortaleza. Além destes, o evento deverá ainda conta com a presença de profissionais do Sistema de Justiça, do Sistema de Garantia de Direitos e de outras organizações que atuam no contexto dos Direitos Humanos com o público infantojuvenil. O Café Restaurativo se destaca por ser um momento de formação diferenciada por sua acolhida e pela informalidade, uma característica peculiar ao evento, com a intenção de reunir pessoas envolvidas em um determinado tema para promover discussão, troca de saberes, sinergia e construção articulada de novas propostas de intervenção.

Para o jornalista Plínio Bortolotti, a forma como a imprensa aborda as questões relativas à criança e ao adolescente melhorou de forma considerável, considerando o modo como notícias sobre o assunto eram divulgadas há dez ou 20 anos. “O setor mais resistente da imprensa, para uma abordagem adequada, está nos chamados ‘programas policiais’, que veem as coisas por um prisma único e equivocado, sem a mínima preocupação em contextualizar o assunto. Portanto, insistir no debate é uma atitude necessária e são bem-vindas todas as iniciativa com esse propósito”, afirmou. Na opinião da jornalista Ana Márcia Diógenes, iniciativas como o Café Restaurativo são uma possibilidade concreta de reflexão dentro do espaço da ação. “Estar junto com profissionais e estudantes de comunicação discutindo a abordagem cotidiana dos direitos humanos de crianças e adolescentes é uma ação concreta que contribui para uma visão aprofundada de contextos, para reportagens mais focadas, para entrevistas mais focadas”, disse ela.

Na opinião do sociólogo Thiago Holanda, a realização do Café Restaurativo voltado para a imprensa é considerada uma “grande oportunidade”, pois segundo ele, o debate sobre o papel da mídia na garantia dos direitos humanos é “premente”. “Hoje temos uma vasta programação na televisão, na rádio, em blogs na Internet que espetaculariza a violência e expõem as crianças e jovens a inúmeras violações dos seus direitos, o que reforça uma cultura de violência”, opinou. A pesquisa desenvolvida pelo CCPHA revelou que em Fortaleza, no ano de 2015, 84% dos casos dos homicídios de adolescentes foram televisionados. Sobre estes crimes, o nível de elucidação e responsabilização continuou muito baixo, conforme análise do sociólogo. “Ou seja, a exposição desses crimes não gerou uma informação contextualizada sobre a violência e nem contribuiu na mobilização da sociedade e das instituições do sistema de segurança e justiça para a redução da violência. Pelo contrário. Nesse sentido, é fundamental aprofundarmos esse diálogo com os jornalistas e estudantes para construirmos uma comunicação para os direitos humanos”, complementou.

 

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Inscrições: Interessados em participar do Café Restaurativo 2017 deverão fazer a inscrição eletronicamente no link: Inscrição – Café Restaurativo

SERVIÇO:
11° Café Restaurativo
Data: 23 de agosto
Horário: 14h
Local: Espaço O Povo de Cultura & Arte
Endereço: Av. Aguanambi, 282. José Bonifácio – Fortaleza (CE)
Mais informações: (85) 3263 1142
Com informações do Instituto Tdh Brasil