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Defensoria Pública realiza inspeção no Hospital Regional de Iguatu

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A Defensoria Pública do Ceará realizou uma inspeção no Hospital Regional de Iguatu, localizado na região Centro-Sul do Estado, no dia 1 de agosto após denúncias de falta de recursos para atendimento da população. A inspeção foi realizada pelos defensores públicos Paulo Bezerra e Lara Teles, que foram recebidos pela diretora do hospital, Dra. Graziele Matias, juntamente com o restante da equipe da direção. “A diretora nos relatou que o Hospital serve a dez cidades da Região, cuja a população totaliza 300 mil habitantes.No entanto, constatamos que os leitos de terapia semi-intensiva funcionam de maneira bastante precária, com falta de medicamentos e de profissionais especialistas, o que conduziu a óbito várias pacientes. Ademais, o setor de traumatologia do Hospital está congestionando com um só médico realizando cirurgias por duas vezes nas semanas e pacientes que chegam a esperar seis meses por atendimento”, relatou a defensora Lara Teles.

Ainda segundo a defensora, foi construído uma estrutura para abrigar uma UTI neonatal e um espaço chamado de Casa da Gestante, mas a estrutura está inconclusa. “Nos parece que esta estrutura é um verdadeiro elefante branco, sem os equipamentos e aparelhos, pois, segundo a diretoria do Hospital, foi firmado um convênio entre o município de Iguatu e o Estado, no qual se estabeleceu que o município se responsabilizaria pela construção da estrutura física, enquanto o Estado proveria os equipamentos e faria o repasse necessário para funcionamento. No entanto, seis meses após a inauguração do espaço, o Estado não cumpriu sua parte. A ausência de UTI Neonatal na comarca já levou à morte de dois bebês nos últimos dois meses, que não resistiram a transferência para Fortaleza”, relata.

Como providência, a Diretoria do Hospital vai elaborar quatro dossiês acerca de cada falha relatada pela inspeção, em prazo de 15 dias. Em posse desses documentos, a Defensoria Pública irá tomar as medidas cabíveis, como a realização de reunião com as secretarias de Saúde do Estado e dos dez Municípios da Região, convocará a população para audiências públicas, e, na hipótese de inefetividade da resolução extrajudicial, ações civis públicas serão propostas pela Defensoria Estadual.