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Defensoria realiza mais um encontro com familiares das vítimas da Chacina do Curió

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curió

A tristeza ainda está no rosto e no coração, mas agora as falas dos familiares das vítimas do episódio que ficou conhecido como Chacina do Curió também trazem a esperança de que a justiça seja feita. “Eu cheguei aqui desacreditada, eu pensava que a Defensoria não iria nos apoiar, que eu teria que dar um jeito e contratar um advogado. Sinceramente, eu não botava fé. Mas o eu vi foi diferente, que está ocorrendo algo, que temos apoio e que a gente está tendo a resposta que precisa. Nós queremos a condenação dos acusados, a exoneração deles, para que eles possam parar e ver o que cometeram. Agora nós queremos resposta é da Justiça”, explica E.C.S.C, mãe de um dos jovens.

Para outra mãe C.F.C., as famílias se sentem mais fortalecidas, porque encontraram atendimento e acolhimento na Defensoria Pública. A recente prisão preventiva dos 44 policiais, decretada no último dia 31 de agosto, apontados como participantes das mortes de 11 pessoas nos bairros do Curió, São Miguel, Lagoa Redonda e Messejana “é apenas mais um passo de uma longa caminhada”, aponta. A conversa desta sexta-feira girou em torno dos detalhes que dizem respeito a este acontecimento.

Uma vez por mês, desde março de 2016, os parentes das vítimas do Curió são recebidos na sede da Instituição por uma equipe formada pelos defensores públicos Delano Benevides Filho e Natali Massilon Pontes, assistentes sociais e psicóloga. No encontro realizado na manhã desta sexta-feira(9), a defensora pública geral Mariana Lobo participou e reiterar o papel da Defensoria na defesa dos direitos dos familiares. “Sintam-se sempre em casa. Vocês são a razão de existir dessa instituição e nós estamos aqui para apoiar e garantir que os direitos de vocẽs sejam assegurados”, pontuou a defensora geral.

Como, de praxe, durante o encontro, os defensores públicos atualizam os familiares sobre os avanços no processo e esclarecem as dúvidas. Em seguida, a psicóloga e as assistentes sociais realizam atividades estimulando a partilha e o fortalecimento emocional de cada um deles, por meio de dinâmicas e, sobretudo, de uma escuta atenta e solidária.

O grupo acolheu nesta sexta mais uma mãe de um dos jovens, que veio até à Defensoria pela primeira vez. J.M.A.S chegou bastante emocionada, fez questão de falar do filho e saiu um pouco mais esperançosa. “Eu gostei muito de ter vindo. A dor é muito grande e foi importante ter participado desse encontro. No próximo mês, quero vir novamente”, finalizou.