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Defensoria recebe Oficina de Comportamentos Mais Seguros

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Identificar os sinais, mitigar os possíveis riscos, para assim minimizar a crise. As diretrizes foram apresentadas durante a Oficina de Comportamentos Mais Seguros (CMS) ministrada pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) na sexta-feira, 08, para 26 defensores públicos e colaboradores da Defensoria Pública do Estado do Ceará.

Durante o evento que durou o dia todo, o CICV apresentou recomendações a fim de contribuir com a prática de comportamentos mais seguros que devem ser adotadas por todos os profissionais que atuam em territórios vulneráveis. “Procuramos o Comitê para nos ajudar, uma vez que a Rede Acolhe estava desenvolvendo e pensando um protocolo de segurança para os profissionais que atuam na instituição. A realização da Oficina foi importante, sobretudo, por termos um contexto muito violento e ataques direcionados aos órgãos públicos. Internamente, a Rede Acolhe irá detalhar mais ainda os procedimentos de segurança e fortalecer a análise de risco quando formos ao territórios”, explica o coordenador da Rede Acolhe da Defensoria Pública do Estado, Thiago de Holanda.

O evento reuniu teoria e prática. Durante a manhã, a assessora de Acesso Mais Seguro em Fortaleza, Regislany Morais, e no Rio de Janeiro, Janaína Souza, e o assessor de terreno, Johan Cabrera, apresentaram as recomendações. Questões como identificação pessoal, observância do local e possíveis sinais de mudança, e comportamentos seguros foram questões abordadas na Oficina. Ainda, foram apresentadas recomendações sobre confidencialidade e discrição, utilização e condução de veículos, preparação de atividades externas e o que fazer durante situações de perigo. “Em função de seu trabalho, a Defensoria está muito próxima das populações vulneráveis à violência e pode nos apoiar, tanto na compreensão da realidade de Fortaleza, quanto na aproximação da população, para conhecer suas necessidades humanitárias”, diz a chefe do escritório do CICV em Fortaleza, Ana Cristina Monteiro.

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No período da tarde, os participantes compartilharam situações reais por meio de atividades em grupo e, a partir do que foi apresentado, buscavam soluções para cada problema, de forma a minimizar os riscos. No primeiro momento, a atividade buscou identificar os riscos, depois, perceber a capacidade de gestão desses riscos e, por fim, compreender a percepção sobre os riscos avaliados. Os passos para lidar com os contextos da violência armada são definidos com comportamentos seguros, tomando medidas que irão prevenir ou limitar as consequências. Para o defensor público da 1a Defensoria Criminal e do Júri de Caucaia, Victor Montenegro, a Oficina foi importante para “expor as questões cotidianas de segurança pública que os defensores vivem e para que tenhamos estratégias de prevenção e de sentimento de segurança no dia a dia de trabalho”.

Para a assistente social Pâmela Veríssimo, “a Oficina vem para somar na nossa atuação que já existe, tanto dessa experiência na Defensoria quanto a minha experiência em outras áreas. E é de pensar estrategicamente e estruturar planos de contingência, planos de atuação, para tentar reduzir os riscos e prevenir os danos”.

A defensora pública Gina Moura, coordenadora da Rede Acolhe, destacou a importância da realização da Oficina, principalmente para quem lida diariamente com o atendimento nas comunidades, além dos defensores públicos. ”Temos que estar com as nossas estratégias muito seguras para que consigamos atuar de forma eficiente, de modo a atender a demanda do nosso público de forma satisfatória – para eles e para nós. Então, esse tipo de atividade é relevante para que possamos fortalecer o contato com a comunidade, essência do nosso trabalho, e que todo esse contexto que foi denominado como crise, toda essa realidade de extrema violência não faça com que a gente recue enquanto serviço público que deve estar na comunidade”.

Acesso Mais Seguro – A metodologia de Acesso Mais Seguro, desenvolvida pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), têm como objetivo proteger vidas, promover ambientes seguros e fortalecer a resiliência dos profissionais de instituições públicas e estruturas de serviços públicos essenciais que trabalham em áreas afetadas pela violência armada. O foco da metodologia são profissionais e usuários de serviços básicos essenciais, como saúde, educação e assistência social, em ambientes urbanos afetados pela violência.

Com sede global em Genebra, na Suíça, e regional em Brasília, o CICV é uma organização humanitária neutra, independente e imparcial, que trabalha em mais de 80 países para levar proteção e assistência a vítimas de conflitos armados e de outras situações de violência.