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Site da Defensoria Pública do Estado do Ceará

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Mães da Chacina do Curió são acompanhadas pela Defensoria Pública

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A Defensoria Pública do Estado do Ceará vem acompanhando sistematicamente os familiares das vítimas do fato que ficou conhecido como a chacina do Curió, ocorrido em 12 de novembro de 2015 e que vitimou 11 pessoas nos bairros do Curió, São Miguel, Lagoa Redonda e Messejana. A Defensoria está prestando apoio psicossocial e jurídico gratuito. Nesta segunda (dia 23 de maio), os defensores públicos Delano Benevides Filho e Natali Massilon Pontes atenderam cinco mães que vieram à Defensoria em busca de apoio. “A Defensoria tem sido nosso único chão, porque não temos apoio de mais ninguém”, relatou uma das mães.

Na reunião, esclareceu-se aos familiares que a Defensoria Pública está oficiando a Perícia Forense do Estado do Ceará para que sejam entregues imediatamente os laudos cadavéricos das 11 vítimas, documento que já deveria estar na posse dos familiares, mas até o momento não foi entregue, mesmo sob solicitação direta dos mesmos. Segundo o defensor público Delano Benevides, a Defensoria entrará com pedido também para ter acesso ao inquérito policial e aguarda o restante da documentação dos familiares para poder tomar as providências jurídicas cabíveis.

As famílias solicitaram à Defensoria Pública a atenção devida do Governo do Estado ao caso, e segundo elas, até hoje não tiveram efetivamente; a celeridade nas investigações e Justiça com a prisão dos acusados. “A Defensoria Pública fará valer o direito a ter acesso a estes documentos e entrará com as medidas cabíveis para que seja reestabelecido o direito destas famílias”, informou a defensora pública e coordenadora das Defensorias da Capital, Natali Pontes.

Sete meses já se passaram do fatídico dia 12 de novembro de 2015. Para a assistente social da Defensoria, Márcia Lustosa, que acompanha as famílias de modo próximo, estas mães e pais estavam em profundo luto, muito fragilizados e somente após um determinado período, conseguiram ganhar forças para buscar ajuda. “Eu não conseguia sair de casa, só chorava. Agora que eu tô conseguindo encontrar forças para lutar por justiça”, reforça uma das mães na reunião.

“Eles foram tão covardes, se eles não pensaram nos nossos familiares, que pensassem nos deles, ao menos, porque ainda vão sofrer os pais, mães e filhos destes policiais que fizeram isso, já que a justiça tarda mas não falha. E tudo nesta vida que a gente faz tem um retorno. É porque tem a Justiça daqui da Terra e a mais poderosa que é a de Deus”, falou outra mãe, com lágrimas nos olhos.

Em primeiro encontro dia 03 de março de 2016, realizado pela defensora pública Gina Kerly, supervisora do Núcleo de Assistência ao Preso Provisório e Vítimas de Violência, psicológos e assistentes sociais da Defensoria fizeram o atendimento individualizado dos familiares no Liceu de Messejana. Dali, selou-se uma parceria e a Defensoria tem acompanhado os casos.