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Moradores do Residencial Cidade Jardim resolvem demandas na Defensoria em Movimento

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As vizinhas Geisiane Mota e Cecília Nascimento chegaram antes do horário de buscar seus filhos no Centro de Educação Infantil Maria Letícia Mota Moreira, no Residencial Cidade Jardim, bairro José Walter. O motivo: a creche estava recebendo uma edição da Defensoria em Movimento, na tarde desta terça-feira (19). As duas organizaram toda a rotina em casa para buscar explicações de como proceder diante de processos de pensão alimentícia. “No meu caso, quero saber como pedir a pensão ao pai dos meus filhos. Estamos separados, ele não contribui com nada. Quando soube que a Defensoria Pública estava aqui perto, nem perdi tempo. Quero saber tudo”, afirmou Cecília. Ela foi orientada acerca de documentos necessários para a ação.

Já Geisiane queria saber qual encaminhamento dar diante da falta de pagamento da pensão. Desde janeiro, a vendedora autônoma parou de receber os alimentos do antigo companheiro. “Fui muito bem orientada. Meu filho estuda na creche e achei ótimo ter o atendimento da Defensoria aqui. Durante o atendimento, pensei como essa iniciativa é legal para os moradores. Espero que ocorram mais vezes”, conta.

A Defensoria em Movimento existe há dois anos. Criado com a ideia de levar o acesso à justiça e ações de educação em direitos para a população, o projeto itinerante já beneficiou mais de 13 mil pessoas, que aproveitam a proximidade da Defensoria Pública do Estado do Ceará com a comunidade não apenas para ingressar com ações judiciais, mas também esclarecer sobre direitos. Foi o que fez Joana, que queria saber mais informações sobre direito do consumidor. “Comprei um óculos no crediário em meu nome para a minha sogra. Ela não pôde mais pagar, fiquei sem saber como eu poderia proceder, já que não consegui fazer um acordo com a empresa”, afirma.

Os atendimentos foram feitos pelas defensoras públicas Monique Rocha e Beatriz Fonteles. “O atendimento dentro de uma comunidade residencial nos traz mais proximidade ao modo de vida específico daqueles que ali moram, os problemas que lhes são comuns, as dificuldades encontradas. Infelizmente, ainda vemos uma situação de muita vulnerabilidade. O atendimento dentro de uma creche propiciou que pudéssemos atender mães de filhos pequenos, grávidas, com demandas de saúde, por exemplo. Alguns assistidos insistiram para que possamos ir mais vezes ao residencial, porque queriam avisar do resultado dos atendimentos que tiveram aos familiares, vizinhos e amigos”, explica a defensora Beatriz Fonteles.

O direito à saúde foi uma demanda da dona de casa Enadyla Sales, mãe de uma criança com incontinência urinária. Após meses de internação do Hospital Albert Sabin, o filho retornou para a casa, mas agora necessita de fraldas. Esse foi o objetivo dela ao buscar auxílio da Defensoria. “Não temos condições de pagar pelas fraldas que ele usa. Consegui atendimento aqui na Defensoria e vai nos ajudar bastante, é muito bom ter esse serviço no nosso bairro, agiliza bastante, porque eu mesma não teria como me deslocar até muito longe. Graças a Deus, resolvi e agora vou acompanhar as providências tomadas”, comemora.