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Começa triagem da Defensoria em Movimento no Jangurussu; primeira manhã é tranquila e população do entorno pode participar

Começa triagem da Defensoria em Movimento no Jangurussu; primeira manhã é tranquila e população do entorno pode participar

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Dona Fátima, a filha e o neto

Aos 69 anos, dona Maria de Fátima Muniz Fabrício chegou cedo à Defensoria em Movimento. O caminhão, estacionado em frente ao residencial José Euclides, no bairro Jangurussu, em Fortaleza, trouxe nesta terça-feira (24/10) os serviços da Defensoria Pública do Ceará (DPCE) para perto da comunidade, onde permanecerá por três dias (até quinta (26/10), portanto).

Acompanhada da filha e do neto, a aposentada soube pela televisão da chegada do projeto ao conjunto habitacional, onde mora, e buscou assistência jurídica para solucionar uma demanda bancária decorrente da morte do ex-marido. Ela é cega e precisa de ajuda na locomoção. “Fazia tempo que eu queria resolver isso! Mas, pra mim, nessa condição, ir pra longe é muito difícil! Esse atendimento acontecer aqui, na porta de casa, foi uma maravilha”, testemunhou.

É exatamente esse caráter de proximidade que tem levado a Defensoria em Movimento a tantos lugares desde setembro do ano passado, quando teve início a nova fase do projeto, na qual a carreta passou a ser patrimônio da DPCE. Há pouco mais de um ano, portanto, a assistência itinerante e gratuita da instituição é ofertada tanto em localidades de difícil acesso de Fortaleza quanto em municípios interioranos do Ceará.

A dinâmica da Defensoria em Movimento acontece sempre em duas fases: com a triagem dos casos realizada nos dois primeiros dias (em 24/10 e 25/10, no caso do Jangurussu) para agendar os atendimentos que ocorrerão no terceiro dia (26/10) da população com as defensoras e com os defensores públicos.

No Jangurussu, o caminhão funcionará entre 8 horas e 12 horas. “Historicamente, casos de divórcio, pensão alimentícia, guarda dos filhos, usucapião e acesso a dinheiro deixado por parente falecido são os mais recorrentes. É importante que a pessoa nos procure com o máximo de documentação que tiver. De prova testemunhal a print de WhatsApp, tudo pode ser analisado pelas nossas equipes na triagem e pelo defensor no atendimento final”, afirma a assessora de Relacionamento Institucional da DPCE, defensora Lia Cordeiro Felismino.

Foi o que as amigas Rosiane Dantas, de 37 anos, e Leila Camila, de 35 anos, fizeram. Juntaram tudo o que tinham de papelada e foram à Defensoria em Movimento em busca de informações sobre como poderiam interpelar judicialmente os ex-companheiros para eles serem obrigados a pagar pensão alimentícia aos filhos.

Elas também chegaram cedo e foram de pronto atendidas. “Eu estou sem trabalhar e as coisas estão difíceis. Mas vim atrás porque é um direito do meu filho. Não é pra mim. É pra ele. E o pai também tem obrigação, né?”, disse Rosiane, que soube pelos vizinhos da chegada do projeto ao conjunto habitacional e não perdeu tempo.

Muito embora esteja esses três dias no Jangurussu, a Defensoria em Movimento não restringe o atendimento aos moradores do Residencial José Euclides nem ao bairro. A população do entorno também pode procurar a carreta da DPCE para tirar dúvidas, solicitar atendimento com defensor(a) e dar entrada em processos judiciais ou mesmo fazer acordos.

SERVIÇO
DEFENSORIA EM MOVIMENTO
QUANDO: 24, 25 e 26 de outubro de 2023, de 8 horas às 12 horas.
ONDE: no bairro Jangurussu, em Fortaleza (em frente ao bloco 10 do Residencial José Euclides).