Curso para Mediadores Comunitários capacita profissionais para solução pacífica dos conflitos
A Escola Superior da Defensoria Pública do Estado (ESDP) realiza nesta quinta (28/09) e sexta (29/09) mais um curso de Capacitação para Mediadores Comunitários que irão atuar nos municípios de Várzea Alegre e Iguatu. O curso de formação tem como objetivo incentivar e promover capacitação, treinamento e atualização permanente aos futuros mediadores.
As aulas serão ministradas pela defensora pública e diretora da ESDP, Amélia Rocha, a também defensora e supervisora do Núcleo de Atendimento Extrajudicial de Conflitos (Nusol) Rozane Martins e pela psicóloga e supervisora do setor psicossocial Andreya Amendola e a psicóloga Cida Gonçalves.
No curso serão abordados conceitos básicos e importantes para que os futuros profissionais possam fazer o melhor atendimento possível. Os participantes vão poder ver temas como o conceito e papel do mediador, as etapas da mediação, função e estrutura da Defensoria Pública e aspectos psicossociais.
A defensora pública Rozane Martins destacou a importância do papel do mediador que vai estar em contato direto e imediato com o cidadão, facilitando o diálogo. O mediador comunitário vem para dar apoio a função do defensor público de solução pacífica dos conflitos. Rozane assegura que a mediação é uma oportunidade de mudança.
“A mediação é um procedimento democrático, porque oportuniza a participação direta, colaborativa e inclusiva do cidadão na solução do seu conflito para construir um caminho melhor, buscando os interesses em comum. É o papel importante de estímulo ao exercício da cidadania e da cultura de paz, torna-se uma função de solução pacífica dos conflitos, nada mais é do que espelhando justamente a própria instituição da sociedade brasileira, baseada justamente nos princípios da solidariedade e da dignidade da pessoa humana”, afirma a supervisora do Nusol.
A defensora afirma que a Defensoria Pública é um espaço de diálogo que tem por função a prevenção ou a administração do conflito, oportunizando a participação direta, colaborativa, inclusiva para encontrar uma solução que seja satisfatória para ambos.
“A mediação traz essa perspectiva do conflito de uma forma positiva. O conflito acontece no momento que você nega um direito que entendo que tenho e não é aceito por você, gerando uma divergência. É importante que eu saiba que eu posso encarar e resolver essa divergência de uma forma natural. Eu não preciso me excluir ou negar esse conflito, posso encarar de frente. É um exercício de reconhecer o outro e de respeitar a diferença”, declara Rozane Martins.