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Defensoria realiza mutirão de DNA para assistidos agendados que não tinham conseguido realizar exame neste segundo semestre

Defensoria realiza mutirão de DNA para assistidos agendados que não tinham conseguido realizar exame neste segundo semestre

Publicado em
TEXTO: SAMANTHA KELLY, ESTAGIÁRIA DE JORNALISMO SOB SUPERVISÃO
ILUSTRAÇÃO: VALDIR MARTE

A Defensoria Pública do Estado do Ceará (DPCE) irá realizar na próxima sexta-feira (29) um mutirão de DNA para assistidos da instituição que não conseguiram realizar o exame para a verificação de paternidade e maternidade neste segundo semestre. O evento é uma parceria com o Laboratório Central de Saúde Pública, que integra o Sistema Nacional de Laboratórios de Saúde Pública (Sislab), realizando exames de DNA de forma gratuita, sendo uma referência no Ceará.

O mutirão é necessário após o encerramento da licitação do laboratório terceirizado pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen). Com o atraso entre contratos, ficaram represados alguns atendimentos. O mutirão ocorre, então, para atender 37 famílias agendadas, na sede da DPCE, na AV. Pinto Bandeira 1111. É importante ressaltar que a ação será somente para assistidos agendados.

Assessora de relacionamento com o cidadão da DPCE, a defensora Aline Pinho, esclarece que realizar exames de DNA para a verificação de paternidade e maternidade é um passo importante para solução de conflitos, antes mesmo da judicialização. “Por meio de um diálogo mediado pela equipe psicossocial da Defensoria, nós buscamos promover a pacificação social, esclarecendo dúvidas que, por vezes, pais ou mães possam ter sobre a paternidade de uma criança. Esse processo, baseado na escuta ativa, permite resolver inúmeras questões sem necessidade de uma ação judicial. Quando há consenso entre as partes, realizamos o exame de DNA e, sendo o resultado positivo, encaminhamos diretamente ao cartório para o reconhecimento extrajudicial da paternidade, de forma rápida e resolutiva”, afirma.

A defensora completa que “a partir do reconhecimento surge uma série de direitos, tanto para o filho, mas também para aquele genitor. O filho passa a ter direito de recebimento de pensão alimentícia, de carregar em seu registro o nome e a sua história paterna, e para esse pai dar também direito dele participar ativamente da vida dessa criança”, lembra.

A coordenadora do Psicossocial da Defensoria, Andreya Arruda, explica o dia a dia das demandas. “O psicossocial atua na escuta e acolhimento dos casos, onde é de extrema importância essa escuta para melhor compreender a demanda e avaliar a possibilidade de realização do exame. Os casos desse mutirão são consensuais, assim fazemos contato com a outra parte para saber se aceita a realização da coleta para o exame, bem como avaliamos a possibilidade dos casos de exames post mortem para ver se estão dentro dos critérios exigidos pelos laboratórios”, enfatiza a psicóloga.

SERVIÇO: Mutirão DNA
Quando: 29 de Novembro
Onde: Sede da Defensoria Pública do Estado do Ceará (DPCE) – AV. Pinto Bandeira, 1111