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Defensoria recebe pela primeira vez Prêmio Gandhi de Comunicação, que promove direitos humanos e cultura de paz

Defensoria recebe pela primeira vez Prêmio Gandhi de Comunicação, que promove direitos humanos e cultura de paz

Publicado em
Texto: Bruno de Castro
Foto: Glayco Sales/Divulgação ABN

A Defensoria Pública do Ceará (DPCE) recebeu na noite desta quarta-feira (13/12) o Prêmio Gandhi de Comunicação, que promove direitos humanos e a cultura de paz. Com a campanha “Todas Somos Uma – Histórias de Mulheres, Lutas Feministas”, a instituição ficou em terceiro lugar na categoria “Produtor de Conteúdo On-line”, na qual concorria com outros 25 projetos de 14 grandes empresas de comunicação, iniciativas independentes e assessorias de órgãos locais e estados da Bahia, São Paulo e Goiás.

A solenidade de entrega da honraria aconteceu no teatro do Centro Universitário 7 de Setembro (Uni7). Essa foi a primeira vez que a DPCE figurou entre os melhores produtos do Prêmio, promovido desde 2008 pela Agência da Boa Notícia. Este ano, o Gandhi chegou à 16ª edição, tendo, desde 2010, abrangência nacional.

As nove categorias somavam 210 trabalhos inscritos, entre aqueles produzidos por jornalistas profissionais e por estudantes de universidades públicas e privadas. De acordo com a organização, trata-se de um número recorde de peças analisadas pelo júri, composto exclusivamente por jornalistas com formação acadêmica e reconhecida atuação no mercado.

“‘Todas Somos uma’ foi um projeto gestado na Assessoria de Comunicação da Defensoria com objetivo de dar potência às tantas vozes femininas na luta por direitos. É uma alegria estar entre as melhores práticas, sobretudo nesta premiação que valoriza os direitos humanos. A Defensoria é também uma agência de boas notícias e isso é potencializado pelo talento da equipe de comunicação e sua dedicação em traduzir lutas, direitos e conquistas da população”, diz a coordenadora de comunicação da DPCE, jornalista Bianca Felippsen.

Em novembro, o “Todas Somos Uma” foi reconhecido como a segunda melhor mídia digital do Brasil pelo Prêmio Nacional de Comunicação e Justiça (PNCJ), promovido pelo Fórum Nacional de Comunicação e Justiça (FNCJ).

O PROJETO
“Todas Somos Uma” é uma grande campanha elaborada pela Assessoria de Comunicação da Defensoria do Ceará para narrar as histórias de vidas de 13 mulheres ativistas dos direitos humanos. As trajetórias são contadas em múltiplas linguagens: 12 reportagens, 12 entrevistas, 12 ensaios fotográficos e 12 mini videobiografias. Todo o material está reunido em um site criado especialmente para o projeto.

A equipe de Comunicação da Defensoria percorreu quase 2.500 quilômetros entre Fortaleza, Limoeiro do Norte, Caucaia, Canindé, Redenção e Crato, onde as 13 homenageadas hoje unem morada e militância, para contar todas essas histórias. Da logística à execução, menos de três semanas transcorreram. Ao fim: mais de 17 horas gravadas de entrevistas.

Formam a campanha: Luma Andrade, a primeira travesti doutora do Brasil; Maria Luíza Fontenele, a primeira mulher eleita prefeita de uma capital brasileira; Nildes Alencar, ex-presidenta do Movimento Feminino pela Anistia; Damiana Bruno, camponesa líder de acampamento do MST; Matilde Ribeiro, a primeira ministra da Igualdade Racial do Brasil; Gabriella Pinna, irmã italiana da Pastoral Carcerária; Katiana Pena, presidenta de projeto social que salva vidas em uma das periferias mais estereotipadas de Fortaleza; Raimunda Tapeba, liderança indígena; Lucinaura Diógenes, presidenta de instituto de prevenção ao suicídio; Dina Maria, a primeira vaqueira do Ceará; Antônia Araújo, professora e ex-ouvidora da DPCE; e Verônica e Valéria Carvalho, educadoras populares e cofundadoras do Grupo de Valorização Negra do Cariri (Grunec).