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Núcleo de Saúde da Defensoria registra aumento de 64,39% nas atuações no primeiro semestre

Núcleo de Saúde da Defensoria registra aumento de 64,39% nas atuações no primeiro semestre

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A condição da aposentada Francisca Cleide Martins, de 85 anos, levou o filho Humberto a buscar na justiça o direito da mãe de receber o tratamento para um carcinoma de tireoide que afetou os pulmões. Ela é uma das pacientes que recorreram à Defensoria para viabilizar medicamentos, uma das maiores buscas por soluções judiciais ou extrajudiciais por meio da Defensoria. No primeiro semestre deste ano, o Núcleo da Saúde registrou 21.173 atuações, aumento de 64,39% nas atuações se comparado ao mesmo período do ano passado.

“Por conta dessa infiltração na pleura pulmonar e nos linfonodos, ela foi internada por 30 dias no Hospital da Unimed, precisando fazer uma cirurgia. Conseguiram estabilizar o caso dela e retornamos para casa. Logo após, ela fez duas radioiodoterapia que não tiveram pleno êxito, pois ela não respondeu ao tratamento, restando somente a opção do medicamento de alto custo, então procurei a Defensoria pra nos ajudar a conseguirmos as medicações”, conta o filho.

Todo o atendimento deles aconteceu de forma remota. Para ele, os canais de comunicação disponibilizados pela Defensoria durante o período de isolamento social foram essenciais. “Entrei em contato com o Núcleo de forma online, fui muito bem orientado em todos os procedimentos e relatórios. Consegui juntar toda a documentação, foi protocolada em tempo hábil e já foi distribuído. Estou agora aguardando a decisão. Sem essa disponibilização desse serviço durante a pandemia, só conseguiria resolver o problema da minha mãe agora, com o retorno gradativo presencial. E isso foi muito bom, nesse sentido”, recorda Humberto Sales.

A supervisora do Núcleo, defensora pública Yamara Lavor, afirma que durante o ano de 2021 as demandas de pedidos de UTI e pedidos de transferência médica hospitalar decorrentes de Covid-19 tem caindo significativamente à medida que a vacinação avança e a população está sendo imunizada. “Com o avançar da vacinação e a queda dos índices de Covid-19, às demandas reprimidas do ano passado foram trazidas para este ano, então recebemos uma demanda bem maior pelo nosso WhatsApp de atendimentos de demandas de fraldas, medicamentos, cirurgias e consultas. Vale lembrar que faz já algum tempo que não recebemos demanda de pedidos de UTI para Covid-19”, explica a defensora.

O Núcleo recebeu neste semestre outros casos, como o da Ana Silva*, de 27 anos, moradora do município de Crateús. A jovem procurou o Núcleo para um procedimento de radioiodoterapia. “Eu não tinha celular pra entrar em contato com vocês, pedi ajuda para uma amiga, ela enviou todos os meus documentos e deu tudo certo. Graças à Defensoria, comecei essa semana meu tratamento no Instituto do Câncer do Ceará”, compartilha com alegria a dona de casa.

Assim como Cleide e Ana*, qualquer pessoa pode entrar em contato com o Núcleo para demandas relacionadas à saúde. A supervisora explica que os atendimentos presenciais estão sendo realizados através de agendamento. “Precisamos ainda tomar muita cautela quanto ao retorno presencial. Já estamos avançando com as vacinas, mas muitos ainda só tomaram a primeira dose, não tendo uma imunização completa. Gradativamente, o retorno presencial está voltando”. A defensora orienta que aqueles que são vulneráveis digitais, ou seja, não têm acesso a internet, podem ligar para o Núcleo e serão orientados como proceder.

Como ser atendida (o)

Para dar entrada nas ações judiciais relacionadas à saúde durante os dias da semana, a população pode acionar nos canais digitais o Núcleo de Defesa da Saúde pelo contato (85) (85) 98895-5436 ou e-mail demandasnudesa@gmail.com. 

Nos fins de semana e feriados, a Defensoria Pública disponibiliza o serviço de plantão apenas de casos urgentes, dentre eles os pedidos de UTI, de 12h às 18h, em Fortaleza. As orientações para atendimento durante os sábados e domingos podem ser buscadas no contato: (85) 98400-5997 (WhatsApp).

*Nome fictício para preservar a identidade da assistida.