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Programa Rede Acolhe realiza minicurso para defensores públicos e parceiros

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A Defensoria Pública do Estado do Ceará, por meio da Escola Superior da Defensoria Pública (ESDP), realizou nesta sexta-feira, 20, o minicurso “Atenção Integral às Vítimas de Violência”. Setenta e uma pessoas participaram do evento, dentre elas, defensores públicos e parceiros do Programa Rede Acolhe.

O evento teve início com a fala da defensora pública e secretária executiva do Gabinete da Defensoria Pública, Elizabeth Chagas, dando as boas vindas aos presentes e reiterando a importância do Programa na consolidação da missão da instituição. A seguir, a defensora pública e supervisora das Defensorias Criminais, Patrícia de Sá Leitão, falou acerca do início do Programa e da importância dele. “A Rede Acolhe surgiu na perspectiva de tentar minimizar os efeitos que acontecem em face da violência. A partir do momento em que uma pessoa é vítima de um homicídio, não é só aquela pessoa que é atingida; toda a sua família é afetada”, disse.

A psicóloga Jéssica Cavalcante e a assistente social Cibelle Dória, integrantes da Rede Acolhe, explicaram a metodologia aplicada durante as visitas às famílias, fazendo uma avaliação sobre as possibilidades, os limites e os desafios do programa na prevenção dos homicídios. “O objetivo do programa é desenvolver um modelo integrado de ações referenciais de assistência jurídica, social e psicológica voltado para o fortalecimento da rede, de modo que assegure a assistência, tanto jurídica quanto pscicossocial, destes familiares”, destaca Cibelle Dória.

“A Rede Acolhe é um programa inovador e desafiador porque estamos criando uma proposta do zero e mexendo com alguns paradigmas da própria Defensoria Pública de ter uma atuação mais presente no atendimento à vítima de violência, não só no acompanhamento na assistência técnica dos autores da violência. O momento de hoje teve o intuito de realizar uma troca de informações sobre o que o Programa Rede Acolhe tem desempenhado e o que os parceiros têm a acrescentar”, explica o coordenador do programa, Thiago de Holanda.

Para a defensora pública do Núcleo de Assistência ao Preso Provisório e às Vítimas de Violência (Nuapp), Gina Moura, “a atuação da Programa vem na perspectiva da vítima enquanto pessoa e sujeito de direitos, que deve ter a assistência da Defensoria Pública e o direito de participar do processo, considerando necessidades muito específicas no que diz respeito a inúmeras questões. Essas pessoas precisam ser escutadas”. Um exemplo citado pela defensora foi do acompanhamento realizado das mães da Chacina do Curió, ocorrida em 12 de novembro de 2015 e que vitimou 11 pessoas nos bairros do Curió, São Miguel, Lagoa Redonda e Messejana.

Programa Rede Acolhe – Vinculado ao Núcleo de Atendimento ao Preso Provisório e Vítimas de Violência (Nuapp) da Defensoria Pública do Ceará, a Rede Acolhe realizou, de junho a outubro de 2017, visitas sociais a 33 famílias. Após essa experiência de atendimento, realizou-se uma avaliação do Programa em que se definiu a proposta metodológica e seus fluxos de atendimento que serão apresentados também durante o minicurso. “Durante as visitas sociais da Rede Acolhe, as famílias são escutadas e as demandas são identificadas e encaminhadas às redes locais – Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), escola, posto de saúde e Centro de Atenção Psicossocial (CAPS)”, explica o coordenador.