Defensoras participam de palestra sobre desigualdade de gêneros na AABB
As defensoras públicas Jeritza Braga e Amélia Rocha e assistente social do Núcleo de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher (Nudem) da Defensoria Pública do Estado do Ceará, Yuri Natasha, realizaram na última quinta-feira, 11, na Associação Atlética Banco do Brasil (AABB), uma palestra para funcionárias do Banco do Brasil para tratar sobre desigualdade de gênero e empoderamento de mulheres. O momento foi viabilizado após convite da gerente Jeanne Shirley e foi motivado após o assassinato de uma funcionária do Banco há dois meses, em Minas Gerais.
Cerca de 40 pessoas participaram da palestra que tratou sobre desigualdade de gênero, trazendo a evolução da mulher na sociedade, além de trazer as legislações que protegem as mulheres e debater questões culturais, como explica Jeritza Braga. “O momento foi valioso, pois percebemos que a questão da desigualdade perpassa, principalmente, todos os nichos sociais, independe de raça, religião ou condição financeira. As mulheres estão cada vez mais com vontade de se empoderar e saber como podem identificar e prevenir a violência contra elas”.
Para a gerente da agência de Caucaia e uma das idealizadoras do momento, Jeanne Shirley, a realidade é propícia para o fortalecimento do gênero na empresa. “Perdemos uma colega e é de extrema importância informar estas funcionárias, principalmente porque muitas chegaram ao evento estando certas de que sabiam muito acerca do tema, todavia, ainda falta muito esclarecimento e as defensoras nos auxiliaram nesse movimento”, reforça.
A defensora pública Amélia Rocha abordou em sua fala acerca da história da desigualdade de gênero e de direitos humanos na perspectiva da mulher. “Parabenizo a iniciativa do Banco do Brasil, vez que, a igualdade de gênero, embora já tenha tido muitos avanços, ainda não está consolidada e uma estratégia importante para que não existam retrocessos é a consciência deste processo e a recordação dos caminhos que nos trouxeram até aqui. Até o inicio da década de 60, por exemplo, mulher era considerada relativamente incapaz pelo simples fato de ser mulher”, explica.
O intuito é de que sejam realizados outros eventos em parceria com a Defensoria Pública, ainda este ano. “Momentos como esses são importantes, pois servem como ferramenta para disseminação de informação, logo, de extermínio dessa cultura de violência. É uma iniciativa de mulheres e para mulheres e é muito gratificante para nós da Defensoria, porque percebemos a importante missão que temos na disseminação de direitos”, finaliza Jeritza.