Defensores participam de grupo de descongestionamento processual de justiça em Camocim
Os defensores Edmar Lopes e Sofia Frota, da comarca de Camocim, e os defensores Edilson Loiola, Gil Gutierres, Igor Barreto e Pedro Aurélio Ferreira, da comarca de Sobral, participaram do grupo de descongestionamento de processos na justiça durante a semana passada, no Fórum Alcimor Aguiar, em Camocim, a cerca de 355 km de Fortaleza. A ação viabilizou a análise processual e emissão de 1.193 sentenças no município, durante os dias 21 a 25 de maio. Além de defensores, o mutirão contou com a presença de sete juízes, sete servidores e cinco promotores de justiça, comandada pelo desembargador Inácio Cortez.
“Essa ação serviu de referência com a atuação conjunta do sistema de justiça para dar maior celeridade”, considera o defensor público Edmar Lopes. Segundo o defensor, um grupo de defensores trabalhou em sintonia na análise e defesa dos assistidos nos processos das duas varas de Camocim.
Para a defensora Sofia Frota, o mutirão se deteve aos processos mais antigos, dentro da esfera criminal, dos quais os beneficiários eram os réus em liberdade, e é preciso novas forças-tarefas para resolver, por exemplo, a situação da Cadeia Pública que possui réus presos a espera de sentença. “O mutirão foi bastante positivo, mas precisamos intensificar ações também para os réus presos”. Segundo a defensora, a Cadeia Pública de Camocim encontra-se em situação de superlotação, na qual os detentos aguardam julgamento, realidade que motiva nova apreciação de processos. “Na próxima oportunidade o mutirão deve enfocar maior na situação carcerária da Cadeia de Camocim”, explica.
Problemas nas estradas – Durante a semana do mutirão, os defensores públicos atuaram também nas negociações com os caminhoneiros que interditaram a chegada ao município. O defensor Edmar Lopes realizou mediação extrajudicial, em dois momentos, para que os efeitos da movimentação fossem amenizados para a população do local. “Devido a greve, foi obstruída a rodovia que liga Camocim à Granja. Durante dois momentos, fui pessoalmente interceder para a liberação do trânsito para que pudesse passar veículos pequenos, ambulâncias e transportes coletivos”, afirma. “O diálogo é a melhor solução para o conflito de interesses, pois se escuta um lado e outro e se constrói a solução mais razoável para o impasse”, afirma.
