Defensoria recebe sociedade civil para debater fluxos sobre tratamentos médicos à base de cannabis
Ao longo dos últimos quatro anos, o Brasil avançou significativamente nos processos de fabricação, importação, comercialização e prescrição de produtos de cannabis para fins medicinais. Até o momento, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já autorizou 20 deles. Apesar das lacunas já preenchidas, muitos são os desafios em relação ao tema.
Para dialogar sobre alguns desses pontos pendentes, a Defensoria Pública Geral do Estado do Ceará (DPCE) recebeu nesta sexta-feira (14/4) representantes da sociedade civil. Na ocasião, a coordenadora da Associação Medicinal do Ceará (Amece), Ana Carla Bastos, e o advogado e membro da Frente Cearense pelo uso Medicinal da Maconha (FCMM), José Tiago Campos, apresentaram pleitos à DPCE, sobretudo no que diz respeito aos fluxos de tratamentos médicos à base de cannabis no Estado. A assessora de relacionamento institucional, Lia Felismino, também esteve na reunião.
“Nós queremos, primeiro, conhecer o quanto a terapia pela cannabis está onerando o SUS através da judicialização do tratamento dos pacientes; conseguir abrir um diálogo de forma mais fácil com a Secretaria da Saúde do Estado pra gente conversar sobre a qualificação dos profissionais para atender no SUS; fortalecer a questão das pesquisas sobre o tema e também garantir a dispensação do remédio propriamente dito para os pacientes”, explica Ana Carla.
A defensora geral Elizabeth Chagas recebeu as demandas e reiterou as atuações já realizadas pela Instituição em prol da causa. “No dia a dia, o que nós fazemos é exatamente garantir acesso aos medicamentos à base de cannabis para aqueles pacientes que tiveram o pedido negado. Então, esse tipo de diálogo é fundamental para que nós possamos fortalecer e ampliar os atendimentos”, reforça.
Presente na reunião, a defensora pública Patrícia Sá Leitão endossou o trabalho desenvolvido pela DPCE também nos Tribunais Superiores. “Nós atuamos especialmente nos habeas corpus preventivos para que as pessoas que fizeram o uso caseiro, por não terem condição de adquirir a medicação, que tem um custo altíssimo, não sejam criminalizadas, processadas e presas por fazerem essa utilização puramente medicinal da cannabis”, pontua.
SERVIÇO
Núcleo de Defesa da Saúde
Rua Júlio Lima, 770 – Bairro Cidade dos Funcionários
- Telefone para orientações em geral e Agendamento:
(85) 3194-5024 – de 8h às 12h e de 13h às 16h30 - Agendamento presencial/distribuição de senhas: – Rua Júlio Lima, 770 – Cidade dos Funcionários (Ponto de referência: Prédio do Antigo Ceará Prev/ Próximo do Cometa e caixa econômica da Oliveira Paiva) – de 8h às 12h e de 13h às 15h
- Atendimento por whatsapp (somente por mensagem)– EXCLUSIVO PARA DEMANDAS DE VAGA EM LEITO DE UTI, TRANSFERÊNCIA HOSPITALAR, PACIENTES ONCOLÓGICOS, DEMANDAS CONTRA PLANO DE SAÚDE E INTERNAÇÃO COMPULSÓRIA: (85) 9 8433-0004 – 08h às 12h e de 13h às 16h
Atualmente, as associações e entidades representadas na FCMM são:
Abracam
Florar
Arcam Santa Flor
Flor de Kaneh
Ame Cariri – Associação Mães Escolhidas
Cannativa Brasil
Instituto Aho – Cariri
Associação Semear – Cariri
AMECE – Associação Medicinal do Ceará
AME Mãe Flor – Associação Medicinal Mãe Flor
AME Vale do Jaguaribe – Associação Medicinal do Vale do Jaguaribe
Cannativa Brasil
Acura Caucaia
Instituto Damasceno – Maciço de Baturité
Centro Aya
Movimentos sociais
Marcha da Maconha Fortaleza
Marcha da Maconha Caucaia
RENFA – Rede Nacional de Feministas Antiproibicionistas
Rede Reforma
Plataforma Brasileira de Políticas de Drogas
Balance Ceará – Coletivo de Redução de Danos
Instituto Brasileiro de Políticas Digitais – Mutirão
Pedalombra – Clube de Ciclista