Posso ajudar?
Posso ajudar?

Site da Defensoria Pública do Estado do Ceará

conteúdo

Dia das Crianças antecipado para cerca de 250 crianças e adolescentes de unidades de acolhimento

Publicado em

IMG_5591

Pula-pula, brinquedos infláveis, campeonatos de futebol, vólei, carimba, pipoca, algodão-doce, picolé e muitas brincadeiras. Uma tarde inteira de diversão que qualquer criança adora aconteceu mais uma vez nesta terça-feira, dia 8 de outubro. A ação foi promovida pela Defensoria Pública do Estado do Ceará em parceria com o Centro Universitário UniFanor | Wyden e com a Associação das Defensoras Públicas e dos Defensores Públicos do Estado do Ceará (Adpec).

IMG_5581O campus do centro universitário se transformou em um verdadeiro parque de diversão para comemorar antecipadamente o Dia das Crianças para 250 crianças e adolescentes de 19 unidades de acolhimento de Fortaleza. “Essa é a segunda vez que estamos recebendo a ação da Defensoria que é abraçada principalmente pelos alunos. Estamos aqui com 300 alunos voluntários e todos os 25 coordenadores atuando diretamente nessa organização. Temos as mais diversas atividades com a participação dos nossos alunos dos mais diferentes cursos. Tanto da gastronomia, que prepararam as guloseimas, até os nossos alunos da odontologia, que ensinam a fazer a escovação correta. Além de ser muito gratificante fazer parte disso, nesse momento de integração com as crianças, os nossos alunos se tornam professores também, porque naquele momento que ele está com a criança, ele está ensinando”, destaca Marilene Gondim, reitora do Centro Universitário UniFanor | Wyden.

A estudante do curso de nutrição, Jeammy Kelly Abreu, participou pela primeira vez da ação. “É meu primeiro ano aqui na faculdade, eu achei essa iniciativa muito legal e quis participar por conta de toda essa dinâmica que teve aqui no campus. Temos essas crianças que não têm essa oportunidade de se divertirem e aqui elas têm o melhor Dia das Crianças que a gente pode oferecer”, comenta a estudante. “Na oficina que elaboramos, apresentamos de forma lúdica os alimentos saudáveis. E eles pintam, brincam, conhecem os alimentos e, o mais importante, comem”, destaca Jeammy.

As crianças participaram de oficinas de customização, pizza, brigadeiro, origami, caricatura, desenho, contação de histórias, apresentação de peças infantis e de fantoche, pintura de rosto, gincana cultural e sessão de cinema. Durante toda a tarde ainda aconteceram campeonatos de futebol, vôlei, futebol americano, aulas de zumba para os adolescentes. As atividades integram a segunda edição da campanha  “Minha Vez de Brincar”, idealizada pelo Núcleo de Defesa dos Direitos da Infância e da Juventude (Nadij), criada para ofertar lazer e momentos lúdicos para as crianças e jovens acolhidos. A campanha faz parte do projeto Defensoria Amiga dos Abrigos, que tem como objetivo promover atividades lúdicas nos abrigos de Fortaleza. Ao final do dia, as crianças receberam brinquedos arrecadados pelos defensores públicos e estudantes do Centro Universitário UniFanor.

IMG_5601 IMG_5636

 

 

 

 

 

 

 

IMG_5700 IMG_5715

 

 

 

 

 

 

 

Além de professores, coordenadores e estudantes do Centro Universitário UniFanor | Wyden, participaram os defensores públicos do Núcleo de Defesa dos Direitos da Infância e da Juventude (Nadij) Adriano Leitinho, Ana Cristina Teixeira Barreto e Ana Thallita de Siqueira Nobrega. “É muito gratificante participar de tudo isso, porque vemos que toda a programação específica para as crianças e adolescentes que estão nas unidades de acolhimento foi trabalhada por meio de parcerias firmadas com empresas e instituições públicas. São várias mãos trabalhando para promover o melhor para essas crianças. Que esta iniciativa possa estimular outras empresas a se juntarem à campanha, possibilitando que mais crianças e adolescentes sejam beneficiados”, destaca a defensora pública Ana Cristina Teixeira Barreto.

Foi na primeira edição dessa ação, em 2017, que Indyra Cândido da Silva, supervisora de atendimento da UniFanor | Wyden, teve o primeiro contato com crianças disponíveis para adoção. Depois de passar dois anos no processo para ser habilitada no Cadastro Nacional da Adoção, ela e a companheira adotaram duas crianças irmãs, hoje com nove e quatro anos de idade, que estavam na Unidade de Acolhimento Casas Abrigo. “Ao longo de todo esse tempo sempre nos foi orientado evitar criar esse tipo de contato, de ir nas casas de acolhimento, para não gerar uma expectativa nem na gente e nem nas crianças, porque nem todas estavam disponíveis para a adoção. Então, tivemos muita serenidade para passar por esse processo de habilitação, que é longo. No dia que aconteceu a primeira edição aqui no centro universitário eu participei da organização, da preparação nos dias anteriores, mas não trabalhei diretamente na data, com o contato com as crianças, porque eu sabia que ia me emocionar”, relembra Indyra.

Após o processo de adoção e finalmente da chegada dos filhos na família, a supervisora levou as crianças para conhecerem o local de trabalho e foi quando mais uma surpresa aconteceu. “Meu filho mais velho se lembrou desse dia, contou detalhes das brincadeiras, de como ele, ao lado do irmão e dos amigos do abrigo se divertiram. Nossa, quando ele me contou isso, eu fiquei tão emocionada, porque meu filho já estava aqui perto de mim, era só esperar o tempo passar para nos reencontrarmos. Hoje, eu ando aqui pelos corredores e ouço os gritos de animação deles e já estou toda arrepiada, porque há dois anos eram os meus filhos que estavam aqui brincando e na esperança de ter um futuro melhor”, conta emocionada.

“Além de promover o acesso ao lazer, a cultura, a diversão – direitos fundamentais e essenciais ao desenvolvimento saudável das crianças e adolescentes, essas ações possibilitam o convívio comunitário, o reencontro com outros acolhidos, irmãos, educadores de outros abrigos que são, muitas vezes, referência de vida das crianças e adolescentes. Essas ações incentivam a adoção legal e o apadrinhamento, além de chamar atenção para a realidade de muitas crianças e adolescentes que estão em instituições de acolhimento. Ela têm o direito a convivência familiar, ao afeto e à felicidade. Proporcionar isso é um dever do poder público e de todos nós”, destaca a defensora pública.

 

--- Sem Imagens ---