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Defensoria e PreVio lançam projeto que ensina sobre direitos nas escolas públicas; rodas de conversa iniciam no fim de abril

Defensoria e PreVio lançam projeto que ensina sobre direitos nas escolas públicas; rodas de conversa iniciam no fim de abril

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Texto e foto: Bruno de Castro

Foram assinados nesta quarta-feira (27/3) os termos de cooperação para realização do programa “Minha Escola Ensina Direitos”, iniciativa da Defensoria Pública do Ceará (DPCE), em parceria com o Programa Integrado de Prevenção e Redução da Violência (PreVio), vai promover ações educativas em direitos nas cidades de Maranguape, Fortaleza e Itapipoca.

A programação iniciará no fim de abril em 14 escolas e deve abranger mais de 200 alunos. “Tudo o que fala sobre prevenção às violências é de interesse da Defensoria. Vamos conversar com esses jovens numa linguagem simples e oportunizar a escuta. Porque vão ser eles quem vão replicar tudo em casa, nas comunidades onde vivem e nas redes sociais”, pontuou a defensora geral Sâmia Farias.

Mensalmente, defensoras e defensores(as) visitarão essas escolas e realizarão rodas de conversa com turmas de até 20 alunos(as). Esses(as) adolescentes cursam o oitavo ou nono anos do Ensino Fundamental II. Serão, ao todo, nove temas tratados em todo o programa. Assuntos que podem ser tratados de forma transversal e que buscam tratar a prevenção de violências e a rede de garantia de direitos.

“Sozinha, nenhuma instituição consegue enfrentar a violência, pois não existem soluções simples para problemas complexos. Como queremos nos afastar da cultura da repressão, vamos adotar uma metodologia de troca e não de educação bancária, daquelas que “eu ensino e você aprende”. Acreditamos na educação libertadora de Paulo Freire e temos certeza de que vamos aprender muito mais do que ensinar. Até porque a Defensoria só tem caráter transformador se estiver próxima das pessoas”, pontuou o subdefensor geral Leandro Bessa, ao apresentar o programa.

Para pautar questões que dialogam com a realidade das escolas e dos(as) estudantes, as defensoras e os defensores discutirão com os jovens os seguintes temas: atuação da Defensoria; bullying e cyberbullying; direitos da infância e trabalho infantil; violência de gênero; saúde mental e suicídio; direitos humanos: racismo, xenofobia, homofobia e transfobia e violações contra pessoas com deficiência; direito à defesa: segurança pública e cidadania; e direitos do consumidor: golpes e alertas.

As escolas foram selecionadas conforme indicação do PreVio. “A repressão não vai resolver sozinha o problema da violência. Em algumas situações, pode, inclusive, piorar o problema. Então, nós acreditamos que esse programa pode causar um efeito imenso na vida desses meninos e dessas meninas, em relação ao que eles podem compreender dos próprios direitos, já que, às vezes, se dá pouca importância para esses temas”, afirmou a assessora de prevenção à violência do Governo do Estado, Carla da Escóssia.

Prefeito de Maranguape, Átila Câmara enalteceu a importância da iniciativa afirmando que o programa “significa uma qualificação cidadã dos alunos”. Ele declarou: “o único modo de melhorarmos o mundo é melhorarmos como seres humanos. Porque o cidadão consciente convive melhor com o outro. E esse programa vai produzir seres humanos melhores em ambientes, as escolas, que devem ser os mais amorosos e construtivos possíveis.”