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Novo prédio da Defensoria chamará Marta Alves Lima, em homenagem a colaboradora vítima da Covid. Instituição decreta luto

Novo prédio da Defensoria chamará Marta Alves Lima, em homenagem a colaboradora vítima da Covid. Instituição decreta luto

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Em obras desde o começo de março, o Núcleo Descentralizado João XXIII levará o nome de Marta Alves Lima. Colaboradora da Defensoria Pública Geral do Estado (DPCE) há cerca de 20 anos, ela morreu nesse domingo (28/3) por complicações do novo coronavírus (Covid-19) após quase um mês lutando contra a doença.

A homenagem já foi deliberada pela gestão da Defensoria, que também decretou luto oficial de três dias na instituição. Com isso, as bandeiras dispostas na sede da DPCE ficam a meio mastro até a próxima quarta-feira (31/3) em sinal de respeito. “Martinha deixa uma saudade profunda porque foi uma querida amiga e colaboradora. Esta homenagem é uma forma de agradecer pelo carinho, atenção e profissionalismo dela durante todos os anos em que esteve na nossa instituição. Peço a Deus que conforte os corações de todos”, afirma a defensora geral Elizabeth Chagas.

A notícia do falecimento de Martinha causou grande comoção no corpo funcional da Defensoria. Ela atuou no setor de protocolo ainda na sede antiga, na Rua Caio Cid, também passou no Núcleo Central de Atendimento (NCA) e, nos últimos anos, compunha a equipe da Coordenadoria das Defensorias da Capital (CDC). “Martinha fará muita falta. Muito querida, cativava todos ao seu redor. Competente, amava o que fazia e se sentia fazendo parte. Era o próprio CDC, juntamente com a Eleonora, e continuará sendo em nossas memórias”, afirma a supervisora do CDC, defensora pública Sulamita Alves Teixeira.

Mesmo sem fazer parte do Núcleo Descentralizado João XXIII, Martinha era bastante conhecida na unidade – cujas obras do novo prédio devem durar oito meses. Ela era moradora do bairro e fazia questão de doar um pouco do tempo para melhorar o serviço oferecido à população quando havia atendimento presencial.

“Além da simpatia costumeira, a Marta estava sempre de prontidão. O núcleo fica próximo à casa dela e, muitas vezes, ao se dirigir para a Defensoria [a sede fica no bairro Luciano Cavalcante], antes mesmo do horário de expediente, ela descia do carro para nos ajudar com os atendimentos de triagem, pois percebia a quantidade de pessoas que havia na fila. Era daquelas que se antecipava para ajudar”, recorda a supervisora da unidade, defensora pública Manoella de Queiroz.

Agora, o nome de Martinha vai batizar o prédio no qual uma das filhas dela atua como colaboradora. Marta morreu aos 43 anos. “A homenagem é muito justa, diante de tanto tempo doado por ela à Defensoria Pública. A instituição não é feita apenas por defensores, mas por todos aqueles que têm boa vontade”, acrescenta Manoella de Queiroz.

O NOVO PRÉDIO
O prédio está sendo construído numa área total de 772,73 metros quadrados. Terá dois pavimentos, seis balcões de atendimento ao público, sala multiuso, recepção com espera para 70 assistidos, brinquedoteca, sala de convivência, sala de reuniões, sala de apoio, sala de reuniões, gabinetes para mediação/conciliação, salas para atendimento psicossocial, sanitários acessíveis, estacionamento e outros recursos.

“É uma região com muitas demandas, principalmente quando se fala em direito da família. Nosso objetivo é acolher cada vez melhor nossos assistidos e também oferecer instalações confortáveis para a atuação de defensores, defensoras, colaboradores e colaboradoras”, afirma a defensora geral Elizabeth Chagas.