Posso ajudar?
Posso ajudar?

Site da Defensoria Pública do Estado do Ceará

conteúdo

Psicossocial registra 2.722 procedimentos em novembro; índice é quase o dobro da média histórica mensal

Psicossocial registra 2.722 procedimentos em novembro; índice é quase o dobro da média histórica mensal

Publicado em

O setor de psicossocial da Defensoria Pública Geral do Estado do Ceará (DPCE) registrou um recorde de procedimentos para o mês de novembro desde quando o setor iniciou as atividades, em 2016. Foram 2.722 demandas ao todo este ano. Isso representa um desempenho 94% maior (quase o dobro, portanto) da média para o período, que é de 1.400 registros.

Do total deste ano, 1.301 foram novos casos acolhidos pelas equipes multidisciplinares de Fortaleza e núcleos interioranos em atendimentos por ligações, mensagens de Whatsapp ou e-mails. Acompanhamentos de casos já existentes foram 833. A terceira maior demanda foi de encaminhamentos para outros equipamentos da rede de proteção psicossocial ou ainda para outros espaços internos da DPCE (487).

Foram recepcionadas ainda 50 demandas oriundas de outros parceiros que compõem a rede de atenção à saúde mental, além de propostas de parcerias acadêmicas, orientação e supervisão de casos. Atividades em grupo foram 46. E aconteceram cinco visitas institucionais, sendo quatro a unidades de cumprimento de medidas socioeducativas e uma ao Centro de Referência da Assistência Social (Cras) Muriti.

A coordenadora do serviço, a psicóloga Andreya Arruda Amendola atribui o alto desempenho do mês a diversos fatores. O principal: a maior capacidade de recepção de casos no modelo remoto de atendimento. O fato de o assistido não precisar deslocar-se aos núcleos da DPCE, não enfrentar filas e conseguir ser ouvido numa simples ligação, hoje de fácil acesso, também pesa nos indicadores.

“Nós temos, inegavelmente, uma maior facilidade no acesso. Mas existem também os resquícios da pandemia. Muitas famílias ainda enfrentam desemprego decorrente da Covid; outras durante o isolamento acabaram pedindo para reduzir o valor da pensão. Tudo isso conta. Muita coisa voltou ao normal, mas economicamente falando esses resquícios ainda vão impactar muito o nosso país e a vida das pessoas”, avalia a profissional.

Ela classifica o ano como “desafiador” este momento para o psicossocial por conta do tipo de casos acolhidos no setor. Trata-se de atuação em saúde mental com indivíduos em situação de extrema vulnerabilidade social e que eram habituados ao atendimento exclusivamente presencial, que precisou ser adaptado à realidade remota para evitar aglomerações e, consequentemente, risco de infecção pelo coronavírus.

“As demandas que a gente acolhe exigem da gente o mínimo de preparo emocional. Mas tem demanda que nos exige o máximo de preparo emocional. São muitas temáticas, todas diferentes, com dramas diferentes, e a gente tem que olhar a subjetividade de cada. Cada um é cada um, não existe um protocolo único para tudo”, acrescenta Amendola.

A exemplo do que tem se verificado durante a pandemia, os números de Juazeiro do Norte, cidade da Região no Cariri, no Sul do Ceará, permanecem altos. Em novembro, o município registrou 1.014 procedimentos psicossociais. Isso equivale a quase 40% do total. “Lá, além dos atendimentos convencionais, as equipes atuam também nas mediações. Como é tudo on-line, com cada parte na sua casa, cada um com o próprio aplicativo e sem a necessidade de estar na presença um do outro, olhando cara a cara, os ânimos ficam menos acirrados. Os resultados têm sido muito bons e os assistidos têm relatado muita satisfação com o trabalho”, revela a coordenadora.

Para Andreya Arruda, a pandemia do novo coronavírus veio como uma possibilidade de reinvenção para a Defensoria. “Tivemos muito aprendizado. Muitas coisas vieram pra nos ensinar. A gente não trabalha sozinho. Só se faz isso, um atendimento em quantidade e com qualidade, com atuação em rede. E o que tornou isso possível, o que nos tornou mais acessíveis foi a ampla divulgação dos nossos canais de atendimento. Nós tivemos que nos reinventar.”

SERVIÇO
ENTRE EM CONTATO COM O PSICOSSOCIAL DA DEFENSORIA

Direitos da mulher: (85) 98560-2709 (8h às 14h) e (85) 99294-2844 (11h às 17h)
Direitos da pessoa presa: (85) 99171-7476 (8h às 14h) e (85) 98163-3839 (11h às 17h)
Direitos da Infância e Juventude: (85) 9922-04953 (8h às 14h) e (85) 98717-3004 (11h às 17h)
Atendimento inicial da Defensoria (família e cível): (85) 99731-0293 (8h às 14h) e (85) 98866-4520 (11h às 17h)
Cariri: (88) 98842-0757 ou 99934-8564 ou 996808667

Adolescente em Conflito com a Lei: (85) 9816-20641 (8h às 14h) e (85) 9868-30897 (11h às 17h)
E-mail: psicossocial@defensoria.ce.def.br