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Balanço: Setor de psicossocial da Defensoria pública registra os maiores número de atendimento desde a pandemia

Balanço: Setor de psicossocial da Defensoria pública registra os maiores número de atendimento desde a pandemia

Publicado em
Texto: Matheus Araújo, ESTAGIÁRIO EM JORNALISMO
Ilustração: Valdir Marte 


Por atender pessoas em situação de vulnerabilidade, os serviços da Defensoria Pública do Ceará(DPGE) precisam transcender o meio jurídico. Pensando nisso, em 2016 foi implantado o setor de Psicossocial na instituição e, desde então, os atendimentos vêm crescendo gradativamente. Entre janeiro e dezembro de 2023, o departamento registrou 32.772 atendimentos, um aumento de 63% em relação ao mesmo período de 2022. Esse crescimento é um reflexo de um acréscimo nas equipes da DPU para sua multidisciplinaridade de atendimento.

Com o investimento feito no setor de psicossocial, em 2023, o departamento foi ampliado para várias regiões da capital e do interior e com isso teve um maior alcance junto aos cearenses. Segundo a coordenadora do serviço, Andreya Arruda, a equipe hoje conta com 30 profissionais realizando atendimentos, 18 a mais do que no início do projeto. “Esse ano, na capital,  nós implantamos o psicossocial no Núcleo de Defesa da Saúde, no Núcleo de Direitos Humanos, Núcleo de Habitação e Moradia, no Núcleo Atendimento Extrajudicial de Conflitos e no Fórum. No interior, ampliamos o serviço em Juazeiro do Norte, implementamos em Sobral, Iguatu e Várzea Alegre”, ressalta.

 

 

Os dados de 2023 são os maiores desde o período pandêmico, data em que o serviço do psicossocial foi mais requisitado pelos assistidos. Durante a pandemia, cada profissional ficava com um aparelho celular atendendo demandas pelo whatsapp, vIdeoconferência e ligação telefônica. Por conta da celeridade que a internet proporciona aos atendimentos, o setor conseguiu alcançar mais de 37 mil pessoas, o maior número alcançado até então.

Andreya conta que o setor, muitas vezes, funciona como porta de entrada de outras demandas sociais. “Às vezes, eu digo que a equipe aqui da sede e interior precisa lidar com todos os tipos de caso e nós já estamos acostumados com essa rotina, temos os instrumentais necessários para atender as demandas de cada região”, destaca. Ela conta que “os dados divulgados são muito mais que números. Eles representam vidas que precisam ser ouvidas”. Esse é o caso de André Luís Dantas do Nascimento, que procurou os serviços da Defensoria para da entrada em um processo de investigação de paternidade e encontrou no setor de psicossocial o acolhimento necessário para lidar com suas demandas relacionadas ao processo.

Dantas conta que ficou sabendo da atuação do setor por meio de suas pesquisas e que foi muito bem atendido pelos profissionais da DPCE. “A procura pelo serviço é grande, mas no final dá tudo certo. As minhas demandas foram muito bem compreendidas e abordadas durante os atendimentos”, pontua. 

Para o ano de 2024, Andreya fala que o setor tende a crescer, pois cada vez mais os defensores e assistidos estão conhecendo os serviços. Outro ponto que ela pontuou foi o fato de estar esperançosa para que os novos número ultrapassem os atuais. “Os defensores têm solicitado cada vez mais os nossos serviços por compreender que a abordagem multidisciplinar é benéfica ao assistido da Defensoria. Por isso, acredito que o números vão crescer e que mais pessoas vão poder ter acesso a este tipo de atendimento”, conclui.